Neste artigo faço um resumo do que discutimos esta semana, sobre os dilemas de inovar na educação.
Muitos professores reclamam do uso de celulares pelos alunos. Existem instituições que proíbem o uso destes em sala de aula.
No passado, as coisas eram iguais, apenas o objeto era diferente. Em 1932, o vilão era o rádio.
“Muitas coisas distraem as crianças dos estudos.
“E então”, ele disse “há o rádio, quando elas querem ouvir a um programa bastante popular ao invés de fazer o dever de casa”.
Estas são frases de jornais da época.
Este fenômeno é conhecido como Pessimismo Recorrente. O pessimismo recorrente é a visão extremamente limitada dos efeitos da inovação.
Sabemos, que se bem usado, o celular pode ser um grande aliado na educação.
O pessimismo recorrente é perigoso para as pessoas e fatal para as empresas (e as instituições de ensino são empresas), pois pode causar a perda do timming de respostas às mudanças.
Mas, o otimismo exagerado também pode prejudicar.
O Otimismo exagerado faz com que gestores tomem atitudes precipitadas.
“A última tendência é Realidade Virtual? Como posso encaixar a mina instituição nisto? Inteligência Artificial? Como consigo começar a utilizar imediatamente? Como consigo inserir Blockchain nas minhas operações? Afinal, essas tecnologias são o futuro, certo?
Estas são perguntas feitas pelos gestores que sofrem de otimismo exagerado.
É um gestor querendo utilizar realidade virtual em todas as disciplinas, mas que ainda não resolveu o problema de internet precária em sua instituição.
“Diversas empresas levam em conta apenas a tecnologia em si, achando que a sua adoção em larga escala será praticamente automática, sem levar em conta diversos outros fatores, como fatores ambientais, tecnológicos, político-econômicos e comportamentais. “
Toda inovação deve passar por um processo de maturidade.
Falamos do pessimismo recorrente e do otimista exagerado. Estas visões extremistas não funcionam no processo de inovação. Temos que ter uma construção contínua, que é um meio termo.
Em primeiro lugar, é preciso dizer que as instituições precisam criar um filtro em relação às novas tecnologias e tendências.
É comum acharmos que as transformações e disrupções de mercado acontecem de uma hora para outra, mas isso está longe de ser verdade. Esta é uma construção de décadas.
Toda inovação, mesmo as mais disruptivas são, no fim, resultado de construções contínuas. A inovação é construída todos os dias.
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Vamos inovar na educação!!
Sobre a autora:
Juliana Arvelos é Engenheira de Controle e Automação, Mestre em Engenharia Elétrica, Gestora de Consultora Educacional e Idealizadora do Educação Inovadora.
