A pandemia do COVID-19 trouxe grandes mudanças no setor educacional, em todos os seus níveis, desde o ensino infantil, até o ensino superior. A suspensão das aulas presenciais, a inserção do ensino remoto ou a distância, e em alguns casos a total falta de aulas, traz grandes desafios aos gestores educacionais.

Em função deste grande tempo de paralisação, um aumento nos índices de evasão pode ocorrer, causada tanto por alunos ou seus familiares que tenham perdido o emprego e estejam sem condições financeiras de arcar com a mensalidade, tanto pela falta de engajamento dos alunos na modalidade educacional imposta pela quarentena.
Segundo estudos recentes, entre os quatro setores mais afetados pelo COVID, o setor de educação se destaca, afinal 1,5 bilhão de alunos no mundo ficaram ou estão com aulas suspensas ou remotas. No Brasil este número é da ordem de 53 milhões.
Sendo assim, a pergunta a ser respondia é: como fazer com que a instituição sobreviva, após esta pandemia, ou, quando as aulas começarem a voltar ao ritmo dito normal?
Várias são as ações que devem ser tomadas e todas devem ser previamente planejadas. Vamos separar estas ações em administrativas e acadêmicas:
As ações administrativas, devem incluir:
1º: Realizar uma busca ativa aos alunos que não voltarem a frequentar as aulas.
2º: Realizar um planejamento para facilitar as condições de pagamento de mensalidades para os estudantes que comprovarem dificuldades financeiras;
3º: Fazer ajustes em seus orçamentos e planos de implantação.
4º: Verificar custos de infraestrutura, lembrando que alguns espaços provavelmente não serão utilizados inicialmente, tais como auditórios;
5º: Refazer o planejamento de fluxo de caixa
6º: Refazer o planejamento da campanha de matrículas para 2021, com intuito de aumentar a captação.
Dentre as ações acadêmicas, devemos contemplar (independentemente do nível educacional):
1º: Acolhimento na primeira semana de aula
2º: Aplicar uma avaliação diagnóstica, logo no retorno das aulas, a fim de identificar as defasagens de aprendizagem e programar a recuperação do conteúdo;
3º: Acompanhar de perto os alunos com maior dificuldade no retorno às rotinas educacionais;
4º: Elaborar um plano bem estruturado de volta às aulas, com divulgação de toda a programação de conteúdos e atividades, deixando assim os alunos mais informados e consequentemente mais tranquilos.
5º: Apoio psicológico aos alunos (independentemente do nível educacional) para entender o novo momento e principalmente para aqueles que tenham perdido parentes em decorrência do vírus.
6º: Formação continuada dos professores: eles devem contar com mais suporte e treinamento no uso de ferramentas de aprendizado remoto, que podem ser utilizadas como suporte extra durante as aulas presenciais, além de serem uma alternativa para complementar a carga horária anual exigida em lei.
7º: Revisão das metodologias utilizadas na instituição. Mais do que nunca, a inserção de metodologias ativas será necessária, fazer realmente com que o aluno se torne o ator principal de sua educação. Isto será um grande diferencial entre as instituições
Devemos lembrar uma famosa frase de Einstein: “Nós não podemos resolver um problema, com o mesmo estado mental que o criou.”
Esta é uma oportunidade para pensar e fazer diferente. É uma oportunidade de antecipar o que o futuro pode trazer de bom. Ao invés de pensar fora da caixa, construir uma nova caixa.
Estas são apenas algumas ações, mas, que se bem executadas podem garantir a sobrevivência das instituições, principalmente das menores.